domingo, 27 de setembro de 2015

HÁ MAIS PRUDÊNCIA NOS FILHOS DAS TREVAS DOS QUE NOS FILHOS DA LUZ

A Bíblia Sagrada narra no livro de Gênesis, capítulo 4, o nascimento dos dois primeiros filhos de Adão e Eva, o primogênito Caim e Abel. Não há registro da infância de nenhum dos dois e somente no versículo 2 o texto apenas menciona a profissão escolhida por eles. Caim foi agricultor e Abel criou ovelhas. 

Nos versículos seguintes vemos que em um determinado momento, Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor. A oferta oferecida por Caim foi retirada dos frutos da terra que ele cultivava, provavelmente verduras e legumes. Já Abel, que não era o primogênito, escolheu dentre as prímicias do rebanho de ovelhas que criava.

O que podemos perceber em Abel, foi o acerto da sua escolha e não somente a qualidade da sua oferta. A ovelha, cordeiro, e até pequenas pombas (usadas pelos mais pobres) eram recebidas por Deus como sacrifício no Antigo Testamento. E o que torna a oferta de Abel mais especial ainda é que a instituição do sacrificio de animais só foi dada por Deus mais adiante. Ou seja, o sacrifício de Abel já apontava o sacrificio do Cordeiro de Deus.

Sei que muitos vão argumentar que se Caim tivesse escolhido as primícias do alface que cultivava, Deus teria aceito. Mas não há nunhuma evidência para corroborar isso. No versículo 7, Deus conversa com Caim e pergunta: "Porventura se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante?" Mesmo com essa admoestação Caim matou seu irmão Abel. Quando há temor a Deus, também há discernimento para escolher o que é melhor para oferecer a Ele.

O cuidado que devemos ter com as ofertas hoje

Hoje, percebemos que as ofertas trazidas ao altar parecem mais com as de Caim do que com as de Abel. Não há mais nenhuma avaliação ou critério do que é melhor ou mais adequado. Quando falamos de louvor (música) produzido em nossas igrejas ou por cantores "gospel" nas rádios comerciais, percebemos que existe um "vale tudo" generalizado. São aceitos quaisquer gêneros ou rítmos musicais. Até funk, que não é bem aceito nem por ateus, é aceito pelos evangélicos. Convenhamos: Funk não é dança, é ritual de acasalamento!

Por Graan Barros

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O SENHOR MUDA OS TEMPOS, AS ESTAÇÕES E OS REIS

No Cilindro de Ciro II, Rei da Pérsia, foi registrado o fim do exílio na Babilônia de diversos povos, inclusive o povo hebreu.
Foto: Museu Britânico

As grandes mudanças geopolíticas atuais têm assustado a muitos cristãos. Infelizmente, esse medo expõe o quanto somos ignorantes sobre os temas tratados nas escrituras sagradas. Daniel que viveu há mais de 2600 anos antes de nós, recebeu o entendimento de como Deus age na história mundial. O texto bíblico afirma que Deus: “muda os tempos e as estações” e “remove e estabelece os reis”. [1]

Mesmo fazendo parte da “Nação eleita de Deus”, Daniel entendia que naquele momento o seu povo estava na condição de escravo na Pérsia (atual Irã), por desígnio e vontade de Deus. Sendo assim, se dirigia a Nabucodonosor, com todo o respeito devido: “Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória”.[2]

Mas Daniel também sabia que o seu Deus era um Deus de misericórdia e fixara o tempo exato em que o povo ficaria no exílio. (ver legenda da foto) Hoje, nós ficamos perplexos com o crescimento do Islã no mundo e alguns até enxergam nele, a figura do anticristo. 

É triste saber que os cristãos que vêm sendo perseguidos e mortos não são reconhecidos como tal por nós evangélicos e protestantes. Saiba que a maioria absoluta morta pelo Estado Islâmico pertence a outras tradições cristãs como os Coptas e Ortodoxos da Síria. Mas, mesmo assim, colocamos nas nossas redes sociais a nossa indignação.

Creio que muito da nossa perplexidade com esses acontecimentos vem da absorção de uma agenda secular. Deveríamos pregar o evangelho para que Jesus volte logo, mas muitos só querem que o Brasil se transforme em um paraíso terreno de bem estar, como imaginam que foi a Europa e os EUA em um dado período da história. 

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.”[3] Mas, pergunto: o reino de Deus foi prometido para ser aqui na terra? Creio que não. Assuntos em voga como paz mundial, ecologia, igualdade entre gêneros, etc apesar de terem sua importância não fazem parte da agenda do Reino, fazem parte da agenda secular!

O episódio da transfiguração de Jesus Cristo é um bom exemplo de como podemos ser apegados a esse mundo[4]. Quando Jesus esteve no alto do monte com alguns apóstolos seu rosto se transfigurou e apareceu a Ele, Moisés e Elias. Veja que os protagonistas são Jesus, Elias e Moisés, mas Pedro se intrometeu e logo pensou em perpetuar aquele momento celestial aqui na terra. Disse que faria tabernáculos para todos, mas mal terminou de concluir seu pensamento a transfiguração acabou.

Outros se lamuriam o porquê do aumento de cristãos não ter provocado impacto positivo na sociedade brasileira. Eu prefiro ficar com a resposta de Deus a Elias, quando esse se achava o último fiel entre todo o povo de Deus: “Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou.”

Sejamos esses sete mil que não dobraram os joelhos diante de Baal! [5]

Maranata, ó vem senhor Jesus!

Por Graan Barros

Fontes:

Daniel 2:21 [1]
Daniel 2:37 [2]
Mateus 24:6 [3]
Mateus 17:1-8 [4]
1 Reis 19:18 [5]